Esta resenha faz referencia ao filme O NOME DA ROSA (Der Name Der Rose, 1986 - Alemanha), baseado no romance homônimo do italiano Umberto Eco. A direção do filme ficou por conta de Jean-Jacques Annaud. A adaptação conta com um elenco formidável (Sean Connery, F. Murrey Abraham, Feodor Chaliapin Jr., William Hickey, Michael Lonsdale, Ron Perlman, Christian Slater, Valentina Vargas) que nos transporta àquela realidade tão tensa e indigesta do século XIV, fazendo-nos refletir durante 02 horas e 10 minutos sobre um tão importante momento da história da cultura, da sociedade e da religião que, com certeza marcou e afetou gerações ao redor do mundo.
No final de 1327, no Norte da Itália a Igreja comandava. Possuidora do poder, governava sem piedade trazendo os mais simples aos seus pés, e mantendo-os em condições sub-humanas.
Controlavam a cultura ao ponto de impedir que as informações (contrariantes ao que a Igreja pregava) se espalhassem para que a Igreja não fosse desmascarada. Continuando com o poder sempre castigando quem ousasse adquirir conhecimento “Sofria mais quem sabia mais”, pois quem procurava investigar e conhecer através da leitura era morto logo em seguida, para que não desse tempo de espalhar as atitudes macabras que se escondiam entre os detentores da Igreja.
Até que um monge franciscano e renascentista, Guilherme Beskerville, reconhecido como um homem conhecedor do espírito humano e dos artifícios do demônio foi designado para investigar os crimes que estavam acontecendo no Mosteiro.
Guilherme e seu assistente Adson MelK, filho mais novo do Barão do Melk, começaram as investigações pela morte misteriosa do monge Adelmo de Otranta, um dos melhores desenhistas de iluminuras “seu humor e suas imagens cômicas beiravam a infâmia.”
O Livro havia sido escrito pelo filósofo Aristóteles que retratava o riso e eles achavam que um monge não deveria rir, devia ficar em silêncio, não tinha permissão de expressar seu pensamento a não ser quando fossem questionados; se desobedecessem eram punidos com mortes violentas.
Acreditavam que os livros mantidos trancados em segredo, pudessem trazer a dúvida da impossibilidade da palavra de Deus.
Insatisfeitos com as investigações de Guilherme, que comprovava a verdade sobre toda a hipocrisia do Clero, convocaram o temeroso Inquisidor Bernardo Gui considerado o mais severo da época.
Com essa mudança o cerco foi cada vez mais se estreitando, exigindo agilidade e astúcia do Guilherme e de Adson. Guilherme achava que “para comandar a natureza [...] devia aprender primeiro a obedecê-la”. Era um homem de bons sentimentos.
A verdade apareceu e vários mistérios da Igreja foram desvendados, fazendo com que esta perdesse aos poucos o seu poder desmedido e assim uma nova era foi iniciada trazendo mais tranqüilidade e liberdade ao Homem.
“Conhecereis a verdade e a verdade o libertará.”
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