terça-feira, 30 de novembro de 2010
História da Psicologia no Brasil
A Psicologia no Brasil surge desde antes do Período Colonial (1500-1822), com um passado longo, porém com relatos fragmentados, daí em diante, observamos que de década em década, sofre uma transformação progressiva em seus objetos de pesquisa como na área social, econômica, aplicação do conhecimento psicológico e prática médica.
Neste período, como em qualquer outro dessa história, a preocupação com os fenômenos psicológicos e em outras áreas do saber como: Teologia, Moral, Pedagogia, Medicina, Política e até mesmo Arquitetura era de grande prioridade, sempre buscando suprir as expectativas e alcançando os objetivos desejados como era precário os fundamentos da psicologia todos esses profissionais se engajavam nos estudos Psicológicos. Sendo a maioria dos autores brasileiros, tendo a contribuição de alguns Portugueses com moradia fixa no Brasil. Possuíam bagagem Diplomática e em geral tiveram formação Jesuíta.
Em 1833, são criadas as faculdades de medicina no Rio de Janeiro e na Bahia e logo em 1838 é criado o Pedagogium (Instituto que servia como órgão de coordenação das atividades pedagógicas do País) situada no Rio de Janeiro, ele foi extinto em 1919 por Decreto Municipal. Segundo Penna(1992), substituído pelo Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos(INEP), dirigido por Lourenço Filho(1838), existindo até hoje. Passotti(1988) afirma que nessas instituições inicia um saber Psicológico Brasileiro, e no decorrer do século XIX, muitas teses foram apresentadas na graduação e doutorado, com o exemplo ”Paixões e afetos da alma”(1936), “Psicofisiologia cerca do homem(1843), “Relação da Medicina com a Ciência Filosófica”(1911) e muitas outras.
De acordo com Massini (1990), a Pedagogia da escola normal se fundamentará na “Psicologia Experimental”, recém chegada, várias outras criações surgiram a partir de 1990, nesse mesmo tempo acontecia a transformação do Hospício Pedro II, um hospital de alienados, criado por Juliano Moreira, outro também instituído foi o Junquery em São Paulo, por Franco da Rocha, logo em seguida foi criado o primeiro Laboratório de Psicologia do Brasil, no Instituto Pedagógico, dirigido por Manoel Bonfim. Dando início assim ao nascimento de muitos outros laboratórios em São Paulo.
No final do século XIX, exatamente em 1900, é publicada a tese “Duração dos atos psíquicos elementares nos alienados”, imaginando toda uma nova relação da Psicologia com a medição, a discriminação, o estudo dos atos científicos.
Com a psiquiatria, no entanto o tipo de relação que se estabelece é de natureza diversa. São ambas as Psicologia e Psiquiatria, não apenas campos de saber e de prática, mas também seus objetos de estudos e intervenção não são até hoje claramente definidos. Entretanto pode se perceber já nesse período a definição de contornos mais nítidos entre o que viria a ser estabelecido com ares da Psicologia e Psiquiatria.
Observa-se também que , em certo momento da história da Psicologia no Brasil, durante as décadas de 1960 e 1970, falar de perspectivas genético funcional era falar de Jean Piaget. Daí a grande influência deste pesquisador na psicologia brasileira.
Por aqui finalizo esse texto, não por não ter mais o que relatar sobre essa história fantástica e enriquecida. E que ao passar do tempo só tem progredido, graças a ela a sociedade pode ter melhor qualidade de vida.
História da Psicologia na Bahia
A falta de profissionais capacitados na área de tratamento mental no estado era das mais precárias e preocupantes. Existiam sim, curiosos, charlatões e profissionais improvisados, querendo se passar por profissionais, sem ao menos se sensibilizar com a condição do paciente, necessitado de cuidados especiais e de uma atenção redobrada.
A partir de 1955, a escritora Mercedes Cunha Chaves, ao adentrar na Universidade Federal da Bahia, para iniciar seus estudos, ouvia do seu mestre João Ignácio de Mendonça, que lecionava Filosofia e sentia a necessidade de criar um curso para a formação de Acadêmicos em Psicologia. Tendo percebido a necessidade de melhoras na área de Psiquiatria, tratou logo de se adiantar e erguer a alavanca para conquistar seu objetivo e evitar que os impostores se apoderassem de uma função que não lhes era cabível e admissível por parte da sociedade. Com a concretização do curso evitou que muitos desses anteriormente citados se contivessem de ousar passar por profissionais de Psicologia.
Nessa mesma época, houve uma parceria da cadeira de psiquiatria com o então ISOP/FGV (Instituto de orientação profissional da fundação Getúlio Vargas), em que tinha como orientador o ilustre Emílio Mira y Lopes. Dessa parceria nasceu o IDOV(Instituto de Orientação Vocacional), passando aproximadamente 3 anos o professor João Mendonça percebeu que seus alunos já estavam estimulados a ocuparem um lugar na precursora Equipe do IDOV. E logo depois alguns alunos mais experientes como Alice Costa e Cidália Dias Mendes, formadas em Pedagogia e Filosofia, como toda vontade pautada em um bem comum tem a capacidade de progredir e chegar ao seu objetivo, mesmo com os autos e baixos que a vida nos impõe. E assim com suas idas e voltas, conseguiu superar seus obstáculos a respeito do curso e de suas instalações.
Várias dificuldades foram encontradas no período de implantação do curso, más seus precursores não deixaram de acreditar e foram em frente passando pelos anos de crise, que foi no período de 1963 à 1968.
Finalmente, em 1968 foi criado o curso de Psicologia na UFBA, que foi procurado por todos àqueles que tinham interesse de se profissionalizar na área de saúde mental.
Devido aos preconceitos, resistências, reservas de mercado, o início do curso de Psicologia foi retardado no estado da Bahia e só após 10 anos, que havia fundado em São Paulo no ano de 1958, foi instaurado em Salvador.
Atualmente, o curso de Psicologia, tem se expandindo e diversas instituições de Ensino Superior o adotaram. De uma forma bem qualificada os estudos referente a psicologia têm contribuído para o desenvolvimento da humanidade. Deixando o ser humano mais capaz de se relacionar com ele mesmo e com o próximo.
Já sentindo saudade de explanar esse assunto, finalizamos sabendo que muito há o que falar da Psicologia e dos seus precursores. Sabemos que é a mais eficiente ciência na área do conhecimento de si mesmo e de transformações de comportamentos inadequados.
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